quinta-feira, 20 de julho de 2017

Abacate

O abacateiro, cujo fruto é o abacate, também designado como abacado, loiro-abacate e louro-abacate é uma espécie da família Lauraceae, de nome científico Persea americana.
Segundo Koller, 1992 [1] a classificação botânica do abacateiro tem sofrido várias alterações nos últimos anos, não havendo ainda total concordância sobre a questão. Recentemente L. O. Williams, citado por Malo (1978a) revisou os estudos genéticos e específicos, propondo a divisão do gênero
Persea em dois subgêneros: Persea e Eriodaphne, que se distinguem, sob o aspecto agronômico, pelo fato das espécies do subgênero Persea serem compatíveis de enxertia entre si, porém incompatíveis de serem enxertadas sobre espécies do subgênero Eriodaphne.
É uma árvore de grande porte, de crescimento rápido, ultrapassando os 30 metros de altura, nativa da América Central e México. Possui folhas coriáceas, lanceoladas e lustrosas e flores pequenas (5 a 10 mm de diâmetro) de um verde esbranquiçado. Os frutos são drupas ovoides ou piriformes (em forma de pera), de casca verde-escuro e polpa cremosa, adocicada, rica em gordura, de cor verde-clara ou amarelada, com uma única semente grande esférica, de 3 a 5 cm de diâmetro. Os frutos das plantas selvagens são pequenos, mas as variedades cultivares apresentam frutos de dimensão considerável (7 a 20 cm de comprimento e pesam de 100 a 1000 g). Esta planta prefere solos férteis e úmidos, e clima ameno a quente, de modo que prefere climas tropicais ou subtropicais.
Uma árvore adulta pode produzir mais de uma centena de abacates em uma estação, e há sempre o incômodo dos frutos não colhidos que caem no chão, causando grande sujeira e odor ruim. Assim, não é uma árvore recomendada para locais de grande circulação ou arborização de ruas. Os frutos, apesar de nutritivos para os humanos, podem ser tóxicos para alguns animais.

Barlow & Martin (2002) identificam o abacate como um fruto adaptado para uma relação ecológica com mamíferos de grande porte, hoje em dia extintos (por exemplo, os herbívoros gigantes sul americanos, como as preguiças-da-terra e gonfoterídeos). O seu fruto, com um caroço apenas levemente tóxico, terá co-evoluído com esses animais já extintos, de modo a ser disperso depois de ingerido por estes e expulso, juntamente com as fezes, pronto a germinar. Com o desaparecimento dos seus parceiros ecológicos, a planta não terá tido tempo para se adaptar a uma forma de dispersão de sementes alternativa

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