O abacateiro, cujo fruto é o abacate, também designado como
abacado, loiro-abacate e louro-abacate é uma espécie da família Lauraceae, de
nome científico Persea americana.
Segundo Koller, 1992 [1] a classificação botânica do
abacateiro tem sofrido várias alterações nos últimos anos, não havendo ainda
total concordância sobre a questão. Recentemente L. O. Williams, citado por
Malo (1978a) revisou os estudos genéticos e específicos, propondo a divisão do
gênero
Persea em dois subgêneros: Persea e Eriodaphne, que se distinguem, sob o
aspecto agronômico, pelo fato das espécies do subgênero Persea serem compatíveis
de enxertia entre si, porém incompatíveis de serem enxertadas sobre espécies do
subgênero Eriodaphne.
É uma árvore de grande porte, de crescimento rápido,
ultrapassando os 30 metros de altura, nativa da América Central e México.
Possui folhas coriáceas, lanceoladas e lustrosas e flores pequenas (5 a 10 mm
de diâmetro) de um verde esbranquiçado. Os frutos são drupas ovoides ou
piriformes (em forma de pera), de casca verde-escuro e polpa cremosa,
adocicada, rica em gordura, de cor verde-clara ou amarelada, com uma única
semente grande esférica, de 3 a 5 cm de diâmetro. Os frutos das plantas
selvagens são pequenos, mas as variedades cultivares apresentam frutos de
dimensão considerável (7 a 20 cm de comprimento e pesam de 100 a 1000 g). Esta
planta prefere solos férteis e úmidos, e clima ameno a quente, de modo que
prefere climas tropicais ou subtropicais.
Uma árvore adulta pode produzir mais de uma centena de
abacates em uma estação, e há sempre o incômodo dos frutos não colhidos que
caem no chão, causando grande sujeira e odor ruim. Assim, não é uma árvore
recomendada para locais de grande circulação ou arborização de ruas. Os frutos,
apesar de nutritivos para os humanos, podem ser tóxicos para alguns animais.
Barlow & Martin (2002) identificam o abacate como um
fruto adaptado para uma relação ecológica com mamíferos de grande porte, hoje
em dia extintos (por exemplo, os herbívoros gigantes sul americanos, como as
preguiças-da-terra e gonfoterídeos). O seu fruto, com um caroço apenas
levemente tóxico, terá co-evoluído com esses animais já extintos, de modo a ser
disperso depois de ingerido por estes e expulso, juntamente com as fezes,
pronto a germinar. Com o desaparecimento dos seus parceiros ecológicos, a
planta não terá tido tempo para se adaptar a uma forma de dispersão de sementes
alternativa
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