sexta-feira, 21 de julho de 2017

Fruta-do-conde

A fruta-do-conde, que chegou à Bahia no século 17, é fonte de renda para pequenos produtores do Nordeste e Sudeste do Brasil
 Era o ano de 1626. Salvador ainda era capital do Brasil e a Bahia há pouco tinha sido retomada pelos portugueses das mãos de ingleses e holandeses, que pretendiam usar a região como base para dominar o Atlântico Sul. Palco da disputa dos colonizadores europeus, as terras baianas também foram as primeiras a registrar o plantio de uma nova fruteira trazida naquele ano pelo português Conde de Miranda, que acabou emprestando seu título ao nome da fruta.
Tropical, original das Antilhas e de sabor agradável, a fruta-do-conde (Annona squamosa L.), também conhecida como pinha, anona, araticum, ata e cabeça-de-negro, tem boa aceitação no
mercado. Ela é fonte de vitaminas, sobretudo a C e as do complexo B, além de proteínas, carboidratos, cálcio, fósforo e ferro. Uma peculiaridade da fruta é a venda apenas in natura, já que a polpa escurece no processo industrial.
A fruta-do-conde é importante para pequenos produtores do Nor- deste e Sudeste. Em São Paulo, onde foi difundida nos anos 60, tem mais expressão na região Oeste, devido às condições climáticas locais. A fruta gosta de temperaturas elevadas entre a primavera e o outono, enquanto o inverno deve ser ameno.
A produção paulista vai de janeiro a maio. Com a farta oferta no primeiro semestre, os preços da fruta são menores nesse período. Daí até o final do ano, a produção cai e torna-se insuficiente para atender à demanda, mas tem preços mais compensadores. É possível atingir produções até seis toneladas por ha/ano.
Culturas com uso de técnicas apropriadas para a condução do pomar obtêm frutos de qualidade superior. Por isso, é indicada a adoção de sistemas de irrigação, adubação, podas, polinização artificial, raleio de frutos, entre outros. O emprego de tecnologia eleva os custos, que, no entanto, são compensados com melhor preço de venda.
Dicas
• A colheita ocorre, em São Paulo, entre 110 e 120 dias após a abertura floral, mas pode chegar a 180 dias de acordo com a época do florescimento. Em regiões quentes, o amadurecimento é mais rápido. Com 90 a 100 dias a fruta está pronta para ser apanhada no pé. O momento de colher é anunciado pelo afastamento e pela incidência de uma coloração mais clara entre os carpelos (saliências do fruto).
• Procure podar as plantas de maneira que as copas fiquem bem ventiladas. Os frutos não devem ficar expostos ao sol.

• Se possível, cubra com uma pasta fúngica ou tinta látex os ferimentos provocados pela poda.

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