Litchi chinensis é uma espécie do gênero botânico Litchi,
pertencente à família Sapindaceae. É uma árvore frutífera conhecida
popularmente como lecheira, licheira,
lichia[2] ou uruvaia. Os termos também se
aplicam ao fruto da árvore. É natural das regiões quentes da Ásia,[3] sendo
encontrada principalmente na República Popular da China, Índia, Madagáscar,
Nepal, Bangladesh, Paquistão, sul e centro de Taiwan, a norte do Vietname,
Indonésia, Tailândia, Filipinas, África do Sul e México. A espécie, algumas
vezes, é colocada no gênero Nephelium.[4]
A árvore é de tamanho médio, atingindo 15-20 metros de
altura, com folhas alternadas, cada folha com 15-25 centímetros de comprimento,
com 2-8 folíolos laterais de 5-10 centímetros de comprimento; o terminal
folheto está ausente. As novas folhas jovens são de um vermelho brilhante de
cobre, em princípio, antes de se tornarem verdes e alcançar a sua plena
dimensão. As flores são pequenas, verde-branco-amareladas ou brancas.
Os frutos, externamente semelhantes a morangos, formam
cachos. Possuem casca rugosa, de cor avermelhada e fácil de ser destacada. A
polpa é gelatinosa, translúcida sucosa, lembrando ao sabor de pitomba, e não é
aderente ao caroço. Se presta para consumo ao natural, para a fabricação de
sucos, compotas e ainda para a passa. Contém alto índice de vitamina C, além de
possuir as do complexo B, sódio, cálcio e potássio.
A introdução desta espécie no Brasil deu-se por volta de
1810 no Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CARVALHO & SALOMÃO, 2000). O
Jornal Entreposto afirma que a introdução em escala comercial, entretanto, se
deu no final da década de 1970, sendo Ikuto Maeda o produtor pioneiro no país,
no município de Bastos, em São Paulo. Atualmente, a produção da fruta concentra
em São Paulo, seguido de Minas Gerais, Bahia e Paraná (YAMANISHI et al., 2001).
Porém, nos últimos anos, uma doença causada por um ácaro praga chamado Aceria
litchii está reduzindo a produção da fruta, tendo sido constatada pela primeira
vez no Brasil em 2008 (RAGA et al., 2010), atacando severamente lichieiras
adultas no município de Limeira, em São Paulo. O ácaro-da-erinose tem se
espalhado rapidamente no Estado de São Paulo e comprometido a produção em
pomares de lichia sem manejo adequado.
Não há, por enquanto, defensivo químico registrado para a
cultura da lichia e, de acordo com o Instituto Biológico de São Paulo, o uso
indiscriminado (e repetido) de agroquímicos poderá resultar em resistência da
praga, tornando ainda mais difícil o seu manejo.
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