Sinonímia: Eugenia brasiliana, Eugenia costata, Eugenia
indica, Eugenia lacustris, Eugenia michelii, Eugenia microphylla, Eugenia
parkeriana, Stenocalyx affinis, Stenocalyx brunneus, Stenocalyx dasyblastus,
Stenocalyx glaber, Stenocalyx impunctatus, Stenocalyx lucidus, Stenocalyx
michelii, Stenocalyx strigosus, Stenocalyx uniflorus, Myrtus brasiliana, Plinia
pedunculata, Plinia rubra
Nomes Populares: Pitanga, Pitangueira, Cerejeira-brasileira,
Ginja, Pitanga-branca, Pitanga-do-mato, Pitanga-rósea, Pitanga-roxa,
Pitangueira-miúda, Pitangueira-vermelha, Pitanga-vermelha, Pitangueira,
Pitangueira-comum
Família: Myrtaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Árvores, Árvores
Frutíferas, Árvores Ornamentais, Cercas Vivas
Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Semi-árido,
Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: América do Sul, Argentina, Brasil, Uruguai
Altura: 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6
metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros, 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A pitangueira é uma árvore ou arbusto frutífero e
ornamental, nativo da mata atlântica e conhecido principalmente pelos frutos
doces e perfumados que fazem parte da cultura dos brasileiros. O nome “pitanga”
é de origem tupi e significa vermelho-rubro, uma alusão à cor dos frutos
maduros. O porte pode ser arbustivo, entre 2 a 4 metros de altura, ou arbóreo,
chegando nestes casos entre 6 e 12 metros. A copa é densa e arredondada. O
florescimento é errático, e pode ocorrer duas ou mais vezes ao ano, dependendo
na maioria das vezes do clima da região de plantio e da variedade da planta. As
flores são pequenas, hermafroditas, brancas, perfumadas, com longos estames e
muito melíferas, atraindo abelhas. As folhas são opostas, simples, ovais,
acuminadas, glabras, avermelhadas quando jovens, e que gradativamente vão
tomando a cor verde. Os frutos são bagas globosas, deprimidas nos polos, com
sulcos longitudinais e quando maduros ficam de cor vermelha, vinho e até mesmo
negra, de acordo com a variedade. A polpa é macia, suculenta e vermelha,
recoberta por uma casca muito fina e delicada. Carrega entre 1 a 3 sementes
grandes. No Brasil não há uma grande diferenciação de variedades, mas temos o
maior banco de germoplasma da espécies e algumas cultivares importantes
desdenvolvidas no IPA (Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária). Já no
exterior, para onde a pitangueira foi amplamente difundida, houve uma
preocupação maior em selecionar as melhores plantas e desenvolver novas
cultivares.
A pitanga é consumida geralmente ao natural. Seu sabor é
doce, ácido, pungente e com aroma muito característico. Ela também é muito
nutritiva, sendo rica em vitaminas e minerais. Além de haver poucos produtores,
ela é uma fruta frágil e de baixa durabilidade, por este motivo dificilmente é
encontrada nas gôndolas dos supermercados. É mais fácil encontrar produtos
artesanais de pitanga em mercados regionais, como licores, cachaças
aromatizadas, geléias e vinhos. No entanto, é crescente a produção industrial
de polpas, sucos e picolés preparados à base de pitanga.Além de suas qualidades
como frutífera, a pitangueira é decorativa. Seu caule tortuoso e os galhos
intensamente ramificados, com folhas miúdas, chamam a atenção, sendo muito
apreciados em jardins residenciais. Elas são frequentes em jardins sustentáveis
que unem beleza e função, com preocupação ecológica. Jardins de inspiração
italiana, que unem árvores frutíferas a formas geométricas também são perfeitos
para pitangueiras. Projetos de reflorestamento muitas vezes contam com esta
espécie também que além de ser nativa, ainda é capaz de atrair a avifauna, com
seu frutos doces. A pitangueira é uma planta rústica e de baixa manutenção. É
capaz de resistir a podas drásticas e frequentes. Por ser ramificada e
tolerante à podas é também utilizada como cerca-viva. As adubações são
necessárias semestralmente e no momento do plantio.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo preferencialmente
fértil e profundo, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente por
pelo menos dois anos após o plantio e em regiões semi-áridas. Adapta-se a
diferentes tipos de solo, vegetando bem em solo pesadas e até mesmo em
restingas e praias. Não tolera salinidade ou estiagem prolongada. Resistente ao
frio, é capaz de tolerar temperaturas abaixo de zero. Multiplica-se facilmente
por sementes que germinam em cerca de 22 dias após o plantio. Atualmente, os
cultivos comerciais também obtém sucesso com plantio através de alporques e
estacas, garantido assim a homogeneidade do pomar e a perpetuação das
características da planta mãe. Frutifica já no 3º ano após o plantio. O espaçamento
geralmente utilizado é de 4 metros entre plantas e entre linhas.
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